segunda-feira, 5 de junho de 2017

Goleada em Santos quebra jejum de 6 anos

Depois da goleada por 4 a 1 fora de casa, tive que pesquisar quando foi a última goleada do São José dentro e fora de casa...já nem me lembrava direito!

Num primeiro momento gravei apenas aqueles 4 a 1 que o São José fez sobre o União de Araras, na abertura do quadrangular de acesso da série A2 de 2010. Jogo com casa cheia (mais de 8 mil pagantes) e um Rodrigo Pardal inspirado, fazendo 2 gols e tirando os zagueiros do time verde e branco para dançar.

Mas a última goleada do São José por 4 gols de diferença foi em 3 de fevereiro de 2016. Por incrível que pareça, no ano do rebaixamento à maldita Série B (série Z-20), a Águia do Vale sem Adriano Imperador no time, sem as camisas da Nike e sem a Tequileiras do Funk goleou o extinto Grêmio Barueri por 4 a 0 no Martins Pereira (com dois gols de Léo Lima, André e João Carlos), ainda na segunda rodada da competição. Dá até para ver os gols no site do GE. Vale lembrar que neste embalo o Barueri chegou a tomar de 10 a 0 para o Nacional.

Mas e fora de casa? Quando foi?
Em Americana, no dia 15 de janeiro de 2011, a Águia fez 5 a 0 no Rio Branco, com dois gols de Paulinho, dois de Valdir Papel e um de Velicka. Era a estréia do time na série A2 daquele ano, bons tempos, lembra?


Águia goleia com Cristiano Ruero

O Real Madrid copiou o São José no sábado à tarde. A Águia enfiou 4 a 1 no Jabaquara e logo depois o time merengue não perdoou as falhas da Juventus e goleou o time italiano pelo mesmo placar.

Claro que eu nem dei bola para a final da Champions no País de Gales, fiquei foi com o celular ligado nas ondas da internet ouvindo online os amigos da Rádio Arquibancada e da Rádio Piratininga acompanhando os detalhes do jogo do São José....ah e dando também uma espiada no Globoesporte.com

Mas brincadeiras à parte, a goleada de 4 a 1 do São José em Santos, contra o Jabuca com certeza será inesquecível para o centroavante Ruero. Dono da camisa 9, o atacante fez 2 gols e chegou ao sexto na competição, mostrando que a cada jogo evolui tecnicamente, fisicamente e taticamente...pena que o seu companheiro de ataque ainda não tenha desencantado.

Dono de uma boa velocidade, Brener vem sendo muito criticado pela imprensa e nos dois últimos jogos foi substituído.

Por todos os comentários que li e ouvi sobre o jogo, o time parece que está amadurecendo e mesmo não começando bem o jogo conseguiu dominar seus nervos e buscar a tranquilidade para fazer o seu jogo...ou melhor esperando o erro do adversário para dar o bote certo.

Com o resultado o time chegou aos 16 pontos, abrindo 5 de vantagem para o quarto colocado (Real Cubatense com 11) e criando uma nova gordura para queimar já que folga na próxima rodada do campeonato.

E como dizia Muricy Ramalho no auge do comando do São Paulo, "aqui é trabalho". Com duas semanas para treinar, o técnico Oliveira precisa buscar o tempo perdido que talvez os outros concorrentes dos demais grupos do campeonato já possuem: conjunto.

Essa "bezinha" favorece o clubes do futebol moderno (times empresa) porque a maioria tem categorias de base e são focadas nisso, na formação e revelação de atletas. Para os times tradicionais que não contam com categoria de base "profissional" só resta fazer o que o São José está fazendo: montar e preparar o time durante o campeonato.

Destaco aqui dois exemplos: o Vocem de Assis e o XV de Jaú. Os dois times estão "nadando de braçada" no campeonato porque em 2016 fizeram belas campanhas e neste ano a direção dos dois clubes resolveu apostar na manutenção do elenco e de seus treinadores: PC Santos (ex-Taubaté) e Baroninho (experiente técnico do futebol amador da cidade). Sem contar o Primavera de Indaiatuba sob o comando do técnico Luis dos Reis (aquele mesmo que caiu com o São José da A2 para a A3 em 2004 e é da cidade) e o EC São Bernardo, que têm bons trabalhos com as categorias de base.

Mas vamos deixar o professor Oliveira trabalhar bastante com os meninos nestas semanas que antecedem o jogo contra o Grêmio Mauaense, fora de casa, para quem sabe entrarmos no hall dos favoritos ao acesso!

Parabéns ao time! Parabéns ao torcedor que está sempre fiel à nossa Águia do Vale.

O que vale são os 3 pontos!

Como se diz lá na roça, o que vale é “macuco no emborná!”

No dia 27/5 a Águia bateu o União de Mogi das Cruzes por 1 a 0...fora o baile que o União deu na Águia. Tô rouco até agora de tanto gritar na arquibancada. O São José jogou bem por 20 minutos ainda na primeira etapa (como reconheceu o técnico Oliveira) e depois só deu União. A sorte dos joseense é que o time mogiano apesar de ter um bom preparo físico é muito fraco tecnicamente e perdeu algumas oportunidades de empatar e até de virar o jogo. Na base da raça e do apoio do torcedor a vitória afastou a crise no Martins Pereira.

Assisti o jogo ao lado do repórter Éverton Luis, da TV Diário de Mogi das Cruzes e do Sportv, e do amigo Geraldo. Sofremos bastante! E apesar de tanta agonia ao ver os gols perdidos pelo São José e os contra-ataques que pareciam mortais do União, ficou a certeza de que o time vai se classificar porque tem bons jogadores como Cazu, Josué, Victor Feijão e Ruero, contudo o grupo precisa melhorar fisicamente e tecnicamente.

No fim das contas o mais importante é que com a vitória o time não perdeu posição no G4, encostou na pontuação do Grêmio Mauaense e do Manthiqueira e se manteve à frente do Real Cubatense.

Vale destacar também que a diretoria precisa repensar urgentemente o dia e horário dos jogos do São José. Definitivamente sábado à noite não é a melhor opção, ainda mais agora na época do inverno com temperaturas mais baixas. O público de 1550 pagantes do jogo diante do Real Cubatense é o máximo que dá pra chegar se o time se manter em alta. O teste para mudar essa agenda será na última rodada deste returno da 1ª fase, quando a Águia vai encarar o “time cor de abóbora” de Guaratinguetá, no domingo às 10h. Vejam o exemplo do XV de Jaú, que joga sempre aos domingos pela manhã e atrai milhares de famílias para os jogos, porque os “sabadeiros” já mostraram que não estão muito animados com o São José.

Tá com zika! O placar eletrônico não funcionou no jogo de sábado. Me lembro que no amistoso contra o Santos-B lá no dia 1º de abril o placar ainda informava o “horário de verão”.

Retrospecto: Depois de entrar pela porta dos fundos na história dos confrontos diante de Real Cubatense e Manthiqueira (duas derrotas em jogos que aconteceram pela 1ª vez), o resultado marcou a primeira vitória do São José neste ano dentro do Monumental. Foi também a 9ª vitória da Águia sobre o rival na história dos confrontos (13 jogos / 9 vitórias da Águia / 2 empates / 2 vitórias do União).


Rádio de pilha perigoso!? O comando do Policiamento Militar no jogo diante do União em determinado momento proibiu a entrada dos "letais" rádios de pilha. Eu fui um dos que não pode entrar com meu fiel radinho. Vi alguns torcedores como o grande Chileno - amigo de toda a equipe de esportes da Rádio Piratininga desde os tempos de Rádio Clube e um eterno admirador e amigo do saudoso Alberto Simões. Olha que já não são muitos os torcedores que usam o tradicional rádio de pilha, mas o Zico do Conselho Deliberativo já tinha mais de 10 aparelhos no seu guarda-volumes no estádio. Eu corri até o carro e guardei meu "amigo". Mas fica o meu registro de indignação a tal medida!!! Espero que isso não se repita...