Depois de mais de um ano o São José enfim voltou ao Monumental Martins Pereira para um jogo oficial. E na véspera do Dia das Mães o time não presenteou as mamães presentes na torcida.
A festa estava pronta: adversário caçula e sem técnico, imprensa à favor, chance de vencer e ser líder, torcida mobilizada por rádio, jornal e redes sociais, até o tempo e a temperatura ajudaram (19 graus), só que o glorioso Atlético Real Cubatense não tinha sido avisado (ou já sabia de tudo isso e usou esses fatores como combustível para vencer a partida)...final de jogo e o São José tomou de 3 a 1.
A Águia perdeu o jogo, eu e os outros 1027 pagantes perderam o sábado à noite em família e os jogadores perderam a "esportiva" na zona mista do estádio. Victor Feijão foi o mais exaltado!
O fato é que taticamente o Guará Vermelho, como é chamado o time da Baixada Santista, cumpriu sua proposta de jogar nos contra-ataques e nos erros do São José. Já o time desfalcado do técnico Oliveira ajudou o time visitante oferecendo esses erros desde o primeiro tempo, quando o ataque não marcou nas poucas jogadas com chances de gol.
É difícil e complicado dar notas ao desempenho dos jogadores, mas hoje o atacante Matheus Rebé e o meia Gustavo deixaram muito a desejar. Era como se o São José tivesse entrado em campo com a certeza da goleada diante de um time frágil, querendo marcar logo o terceiro gol...só que não conseguia fazer nem o primeiro. Ah, o goleiro Robert também, até então um dos menos vazados na competição mostrou que "soco na bola" não é a sua praia!
Essa ansiedade foi "emburrecendo" o time, que mais uma vez mostrou a falta de criatividade no meio campo e as deficiências no ataque. Victor Feijão foi bem marcado e não conseguiu repetir o bom desempenho das primeiras rodadas quando marcou 4 gols. Até a defesa que sempre foi elogiada esteve nervosa e instável, principalmente depois do 1o gol do Real. No segundo tempo o zagueirão Cazu entrou nas provocações dos atacantes e a todo momento discutia com os adversários e a arbitragem.
O Real abriu 2 a 0. Aos 43 minutos do segundo tempo Josué conseguiu diminuir e àquela altura o São José até merecia empatar a partida por conta da raça e do "cai-cai" do time de Cubatão. Mas como o futebol não é um esporte de merecimento, depois de um escanteio em que o zagueiro Cazu não pegou um rebote na meia lua da área adversária o Real conseguiu "fechar o caixão" do São José com o 3o gol.
A torcida foi exemplar. Apoiou o time durante os 90 minutos.
Agora a diretoria terá que "tirar coelhos da cartola" para arrumar apoio financeiro para reforçar o elenco novas contratações de qualidade. Além disso, como o público ficou abaixo do esperado (que era de 1500 torcedores) talvez seja o momento dos dirigentes repensarem o horário do jogo, porque pelo visto nem todos os "sabadeiros" compareceram no Monumental.
Pessoalmente, torço para que a derrota traga lições importantes para os jovens jogadores do São José, pois o time perdeu para ele mesmo....para sua falta de experiência e isso é normal na idade deles. Ao torcedor é importante ter paciência! O time tem potencial, personalidade e está pegando o entrosamento necessário para evoluir na competição.
O grupo do São José nessa primeira fase é teoricamente fraco e ainda permite que o time da Águia queime gordura, mas terminar a primeira fase jogando bem é fundamental para entrar com moral e com a cabeça no lugar na segunda fase de grupos.
Quem quer ganhar alguma coisa precisa saber perder!!!
Mais do que vencer o Atlético de Mogi das Cruzes por 2 a 1,
o São José está recuperando uma das coisas mais importantes de um time de
futebol: o orgulho do seu torcedor em vestir a camisa do clube!
Até aqui foram 3 vitórias e um empate que trouxeram otimismo
para torcedores, boas expectativas para a imprensa e confiança ao time. Aliás,
os resultados deram tanta confiança que a equipe tomou o primeiro gol a 1 minuto de jogo ...talvez um indício de que o time precise a partir de agora estar
mais "concentrado" no seu objetivo desde o apito incial.
O placar de 2 a 1 frente ao Cruzeirão (como o Atlético é conhecido por
lá) veio graças a perseverança da "rapaziada" do técnico Oliveira;
uma virtude que o time talvez precise muito já no próximo jogo diante do seu
torcedor no sábado à noite (13 de maio) diante do Real Cubatense.
Mesmo enfrentando um adversário teoricamente fácil e frágil,
a ansiedade de jogar em casa, com certeza diante de mais de 1000 pagantes pode
atrapalhar o time, mas isso com certeza o treinador Oliveira trabalhará durante
a semana.
É importante destacar que nesses 4 jogos até aqui,
apesar dos gols e da pontuação, o elenco da Águia do Vale ainda precisa de mais
"criatividade" no meio campo para poder oferecer aos atacantes
melhores oportunidades de gol. Conversando com quem acompanhou os jogos nos
estádios (em Guará ou em Mogi) esse é o principal ponto que a equipe precisa
melhorar.
São José x Atlético era um confronto inédito, assim como
será no jogo contra o Real Cubatense. Pra esse jogo além da estréia, o time
ainda vai defender a invencibilidade na competição e pela primeira vez terá
desfalques: o lateral esquerdo Maicon (expulso) e o meio campo Matheus Carioca
(que recebeu o 3º amarelo).
Na minha opinião, assim como já ouvi o Antônio Carmo
comentando com o Cláudio Nicolini na Band Vale FM, essa fase da
"Bezinha" já está definida com São José, Manthiqueira, Grêmio
Mauaense e mais 1 time. É hora do São José começar a jogar as próximas partidas em busca
do amadurecimento dos jogadores para disputar o "novo campeonato" que sera a 2ª fase
(quadrangular onde só avançarão 2 times).
É hora também da torcida fazer a sua parte e apoiar o time.
Aqueles que já estão torcendo pela Águia precisam "contaminar" os
demais que nem sabem que o campeonato começou. O momento é da torcida abraçar o
time! Hora de caminhar junto, lotando as arquibancadas e financeiramente participando
das ações promocionais que a diretora está realizando...a história da rifa doPalio 2009 mesmo, não deve ser encarada como piada. É uma iniciativa válida e
importante, pois ganhar um carro comprando uma rifa de R$ 20 nos tempos atuais
de crise é um grande prêmio!
É como na música de Gonzaguinha: Eu acredito é na rapaziada,
que segue em frente e segura o rojão...Eu ponho fé e na fé da moçada, que não
foge da fera e enfrenta o leão....
