Bonitas e Perigosas

Quando descobri o futebol na infância os grandes públicos e as bandeiras nos estádios eram comum e faziam um belo espetáculo no Morumbi, Pacaembu, Canindé, Parque Antártica e Vila Belmiro. Mas o tempo passou e do nada (1995) elas deixaram de existir por aqui.

Em 2007, fui trabalhar no jogo Oswaldo Cruz e São José, pela série A-2 e lá as bandeiras tremulavam sem nenhum problema. Os mastros eram de PVC e a torcida do Azulão era tranquila e não oferecia riscos à segurança. Com certeza era uma exceção! Aliás, porque será que no Rio de Janeiro e em outros estados as bandeiras com mastros podem entrar nos estádios?

Agora, imaginem a volta das bandeiras por aqui? Sem elas o quebra pau entre torcedores rivais já acontece deliberadamente antes, durante e depois dos jogos. Certamente clássicos entre Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos precisariam do dobro de policiamento. E os duelos regionais como São José e Taubaté, Guarani e Ponte Preta, Comercial e Botafogo também dariam trabalho.

Pois bem, nesta semana o governador Geraldo Alckmin vetou a presença das "belas e perigosas" bandeiras nos estádios paulistas, sancionando apenas a lei de identificação de torcedores. Projeto que já havia sido aprovado pelos deputados estaduais na Assembléia Legislativa. 

Acho que bandeiras só mesmo nos jogos do Oswaldo Cruz, São Manuelense, Urupês de Suzano ou da gloriosa UCE de Cruzeiro. Aqui no "Monumental Martins Pereira" e nos outros estádios de São Paulo só mesmo os bandeirões, que tem lá a sua beleza e sua alegria!